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07/05/2025 12h57 – Atualizado há 12 horas
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Foto: Divulgação
Um projeto que une cultura, sustentabilidade e protagonismo periférico está sendo gestado em uma das comunidades mais tradicionais de Belém. A Vila da Barca, localizada no bairro do Telégrafo, poderá se tornar em breve o lar do projeto “A Barca – Cultura Amazônica”, um complexo cultural multifuncional voltado para o fortalecimento da identidade amazônica e o desenvolvimento socioeconômico local. Para dar início à iniciativa, foi lançada uma campanha de financiamento coletivo com o objetivo de arrecadar R$ 45 mil, valor necessário para custear o estudo de solo e as licenças ambientais.
Com proposta inovadora e um projeto arquitetônico sustentável, o espaço será construído às margens da Baía do Guajará e abrigará um museu comunitário, galeria de arte, cozinha industrial para formação de boieiras, horta orgânica, alojamento coletivo com redário, plataforma flutuante com acesso ao rio, sistema de energia solar e um café/píer com vista para a paisagem ribeirinha. Além disso, o local sediará oficinas gratuitas, conferências, visitas guiadas à Ilha das Onças e atividades voltadas ao turismo comunitário, criando uma nova rota de experiências culturais e ambientais em Belém.
O custo total da iniciativa é estimado em R$ 1 milhão, incluindo desde a análise do terreno até a construção e compra de equipamentos, além da contratação de equipe técnica. Segundo Thiago Uchôa, engenheiro responsável pelo projeto, o centro cultural será mais do que uma obra física: “O museu representa resistência e inovação, evidenciando como a periferia pode liderar mudanças socioambientais através da cultura amazônica”, afirmou.
Com foco na valorização dos saberes locais e no fortalecimento da economia solidária, o projeto “A Barca” propõe uma nova relação entre cidade, rio e comunidade, mostrando que é possível gerar impacto positivo a partir da base social e ambiental da Amazônia urbana.
Com informações do Diário do Pará.