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27/05/2025 11h22 – Atualizado há 3 horas
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Foto: Divulgação
A Policlínica Metropolitana do Pará, localizada em Belém, intensifica a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do glaucoma, doença silenciosa e progressiva que está entre as principais causas de cegueira no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 2% da população brasileira com mais de 40 anos pode ser afetada pela condição, que exige acompanhamento oftalmológico contínuo.
O oftalmologista Pedro Lins, que atua na unidade, destaca que o glaucoma é uma doença degenerativa do nervo óptico — estrutura responsável por levar ao cérebro as imagens captadas pelos olhos. “O aumento da pressão intraocular danifica as fibras do nervo óptico, levando à perda progressiva da visão”, explica o especialista.
De evolução geralmente silenciosa, o glaucoma muitas vezes só é percebido quando já causou danos irreversíveis. “O paciente não sente dor e não percebe os primeiros sinais. Quando os sintomas são evidentes, geralmente a perda visual já é significativa e irreversível”, alerta Lins. A forma mais comum da doença é o glaucoma primário de ângulo aberto, de evolução lenta. Já o de ângulo fechado pode surgir de maneira súbita, provocando dor intensa, vermelhidão, visão embaçada e até náuseas.
Há ainda tipos mais raros, como o glaucoma congênito, que pode se manifestar nos primeiros meses de vida, com sinais como olhos aumentados, lacrimejamento e sensibilidade à luz. “É uma condição que exige atenção desde a infância”, acrescenta o médico.
No Pará, a Policlínica Metropolitana tem atuado como referência na atenção especializada, oferecendo exames, consultas e o acompanhamento inicial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de glaucoma. Em casos que demandam procedimentos de alta complexidade, como cirurgias, os pacientes são encaminhados para outros serviços da rede estadual, assegurando a continuidade do cuidado.
Grupos de risco e diagnóstico
De acordo com o oftalmologista, pessoas acima de 40 anos, diabéticas, com histórico familiar da doença ou com pressão intraocular elevada estão mais propensas a desenvolver glaucoma. “Pessoas sem fatores de risco devem consultar o oftalmologista a cada dois anos. Já quem faz parte dos grupos de risco precisa ser avaliado anualmente ou conforme orientação médica”, orienta Pedro Lins.
O diagnóstico do glaucoma é realizado por meio de exames como a medição da pressão intraocular, avaliação do nervo óptico e tomografia de coerência óptica. Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada. “O tratamento visa basicamente controlar a pressão intraocular, para evitar a progressão do dano no nervo óptico”, explica o especialista. As abordagens incluem o uso contínuo de colírios, procedimentos a laser e, em alguns casos, cirurgias.
Cuidado contínuo é essencial
Pedro Lins reforça que a perda visual causada pelo glaucoma é irreversível. “O paciente começa perdendo a visão periférica e, se não tratar, pode evoluir para cegueira total. A prevenção é o caminho mais seguro”, afirma.
Acesso ao atendimento
O primeiro acesso aos serviços da Policlínica é feito por meio da regulação estadual de saúde. Após esse contato inicial, os pacientes podem agendar retornos e exames pela Central de Relacionamento, pelo WhatsApp Business (91) 98521-5110 ou via e-mail: [email protected].
Para ser atendido, é necessário apresentar documento com foto, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência (originais e cópias). No caso de crianças, são exigidos os documentos do responsável legal e a certidão de nascimento.
Com informações do Diário do Pará.