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16/02/2025 12h18 – Atualizado há 4 dias
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Foto: Cristino Martins / O Liberal
Os prédios históricos de Belém, que guardam parte da memória da cidade e do Brasil, enfrentam um processo acelerado de deterioração. O problema se agrava especialmente no período de chuvas intensas, colocando em risco estruturas importantes do patrimônio cultural. Atualmente, a capital paraense conta com 26 bens tombados e mais de 2.800 edificações protegidas, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para evitar perdas irreparáveis, a Prefeitura de Belém vem desenvolvendo um projeto de revitalização do centro histórico, com o objetivo de restaurar os imóveis e dar novos usos a essas construções. No entanto, especialistas alertam que a falta de manutenção preventiva pode comprometer ainda mais a segurança desses espaços e dificultar sua recuperação.
Um patrimônio valioso em risco
Entre os bens tombados na cidade estão igrejas, conjuntos arquitetônicos, acervos e até jardins históricos. Os primeiros tombamentos pelo Iphan ocorreram na década de 1940, incluindo a Coleção Arqueológica e Etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi e igrejas como a Sé, Santo Alexandre e São João Batista. Em 1977, o Ver-o-Peso e suas áreas adjacentes também foram reconhecidos como patrimônio, incluindo o Mercado de Carne e o Mercado Bolonha de Peixe.
Esses prédios possuem características arquitetônicas únicas, como telhados de ferro e paredes revestidas com azulejos, além de sistemas de calhas que exigem manutenção frequente. Sem os devidos cuidados, essas estruturas se tornam vulneráveis a infiltrações e danos estruturais.
Revitalização e desafios
A recuperação do centro histórico de Belém exige um esforço conjunto entre poder público, especialistas e sociedade civil. Enquanto a prefeitura aposta na restauração e reutilização desses imóveis, especialistas reforçam a necessidade de uma conservação contínua para evitar que o descaso leve à perda de bens inestimáveis.
Além de preservar a identidade cultural da cidade, a revitalização desses espaços pode trazer impactos positivos para a economia e o turismo, tornando o centro histórico mais atrativo para moradores, comerciantes e visitantes.
O Iphan reforça seu compromisso com a preservação do patrimônio cultural e afirma que seguirá atuando para garantir a segurança dos espaços históricos e de seus frequentadores.