Primeiro lote do fomepizol chegou ao Estado nesta sexta-feira (10). Não há casos registrados, mas Sespa mantém vigilância preventiva
13/10/2025 11h45 – Atualizado há 4 horas
Paulo Pinto/Agência Brasil
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O Pará recebeu, nesta sexta-feira (10), o primeiro lote do medicamento fomepizol, principal antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. O envio foi feito pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Embora não existam casos confirmados no Estado, a Secretaria de Saúde Pública (Sespa) mantém vigilância permanente e prepara as unidades hospitalares para atender eventuais emergências.
O medicamento será armazenado nas Centrais de Abastecimento Farmacêutico e distribuído conforme necessidade clínica. O fomepizol só pode ser administrado por profissionais médicos, já que o tratamento exige monitoramento e suporte intensivo. De acordo com especialistas, a eficácia do medicamento depende da aplicação precoce — logo após a suspeita ou confirmação da intoxicação.
A Sespa segue articulada com o Ministério da Saúde e com as redes de vigilância epidemiológica para garantir o monitoramento constante e a rápida resposta a qualquer sinal de risco. O fomepizol é considerado o tratamento mais eficaz disponível para casos de intoxicação por metanol e será usado conforme a Nota Técnica nº 459/2025.
O Pará recebeu nesta sexta-feira (10) o primeiro lote do medicamento fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, substância tóxica presente em bebidas adulteradas e produtos químicos. O envio foi feito pelo Ministério da Saúde, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), não há casos registrados de intoxicação por metanol no Estado neste momento. Ainda assim, o medicamento será mantido em estoque estratégico, para garantir uma resposta rápida em eventuais emergências.
Ao todo, o governo federal distribuiu 2,5 mil ampolas do antídoto em todo o país, seguindo critérios populacionais e de urgência. No Pará, o fomepizol ficará armazenado nas Centrais de Abastecimento Farmacêutico, sendo disponibilizado conforme a demanda das unidades hospitalares.
A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica da Sespa, Larisse Oliveira, destacou que o medicamento só pode ser aplicado sob supervisão médica. Segundo ela, a administração precoce é essencial para evitar complicações graves. O tratamento envolve o uso do antídoto e suporte intensivo em unidades especializadas.
A médica infectologista Vânia Brilhante, do Núcleo de Segurança do Paciente da Sespa, explicou que o fomepizol age bloqueando a formação de substâncias tóxicas no organismo. “O medicamento impede que o metanol seja transformado em compostos que causam cegueira, falência de órgãos e até óbito”, afirmou.
O fármaco atua inibindo a enzima álcool desidrogenase, responsável por converter o metanol em formaldeído e ácido fórmico — substâncias que causam lesões neurológicas, cegueira irreversível e falência múltipla.
A secretária de Saúde, Ivete Vaz, ressaltou que a chegada do medicamento fortalece a capacidade de resposta do Estado. “Mesmo sem casos no Pará, é essencial estarmos preparados. O fomepizol amplia nossa segurança e capacidade de atendimento rápido”, declarou.
A Sespa mantém vigilância ativa e integrada com o Ministério da Saúde e outros órgãos do Sistema Único de Saúde (SUS), para prevenir e detectar precocemente possíveis ocorrências.
FONTE: Portal Estado do Pará On-Line