A Polícia Federal (PF) começa uma etapa de “grafoscopia” nas assinaturas dos aposentados que teriam — ou não — se associado com as entidades que tinham contrato com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A grafoscopia é uma técnica usada em perícias grafotécnicas para identificar a autoria ou autenticidade de um documento manuscrito, como uma assinatura ou texto. O objetivo é comparar a escrita com amostras conhecidas para determinar se são da mesma pessoa ou se há sinais de falsificação.
Os peritos criminais federais no Instituto Nacional de Criminalística (INC) também analisam as documentações apreendidas na sede do INSS, em Brasília, e nas empresas que descontaram mensalidades dos beneficiários.
A PF quer saber se as assinaturas foram falsificadas, quem falsificou e quando. Com base nessas assinaturas forjadas, a investigação poderá atestar quantas pessoas, de fato, foram lesadas.
Segundo peritos ouvidos pela reportagem, se as assinaturas foram fraudadas, é possível atestar até mesmo como foi a fraude.
Cerca de 200 celulares também estão sendo periciados, com autorização judicial. Esse trabalho é para identificar chamadas, mensagens — até mesmo apagadas — e documentos salvos no aparelho que possam indicar a fraude, como foi cometida, quem são os envolvidos e beneficiários.
Ontem, a CNN mostrou que a perícia começou a ser feita no disco rígido apreendido com o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto.
Ao todo, os agentes apreenderam com ele um celular, um pen drive com fivela com a inscrição dos Correios, HD externo e documentos.
No apartamento, em uma pasta amarela, a PF apreendeu anotações manuscritas de “agradecer o CNPS”, com seta ao lado e um número de 150.000.000, fato que está sendo apurado, como revelou a CNN.
