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21/05/2025 11h42 – Atualizado há 17 horas
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Foto: Ascom/UPFA
Com o olhar voltado para o desenvolvimento sustentável e a valorização da sociobiodiversidade amazônica, o Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém (DIBB) – projeto da Universidade Federal do Pará (UFPA) – prepara o lançamento de seu primeiro edital público no início de junho. A proposta visa fomentar o empreendedorismo de base tecnológica e criativa na região, posicionando Belém como referência nacional em soluções inovadoras e sustentáveis.
O edital contará com duas categorias: Incubação, voltada a pessoas físicas com ideias ou projetos em estágio inicial, que desejam estruturar seus negócios; e Aceleração, destinada a empresas já formalizadas que estão em fase de desenvolvimento ou validação de soluções inovadoras. Em ambas as categorias, os selecionados terão acesso a mentorias, capacitações e suporte técnico do ecossistema de inovação do DIBB.
Além do apoio técnico, os projetos poderão receber até R$ 30 mil (incubação) ou R$ 140 mil (aceleração) em recursos financeiros. Os proponentes devem ser de municípios da Região Metropolitana de Belém – como Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Barcarena – ou de outras regiões que desejem implantar suas iniciativas na capital paraense.
“O DIBB promove a articulação entre ciência, saberes tradicionais, empreendedorismo e políticas públicas, criando um ambiente propício à geração de negócios inovadores e sustentáveis”, afirma Antônio Abelém, da coordenação de inovação do DIBB. Segundo ele, o objetivo é transformar Belém em um polo de soluções sustentáveis baseado na biodiversidade local.
O lançamento do edital ocorre em um momento estratégico para Belém, que se prepara para receber a COP30 em novembro de 2025. A iniciativa do DIBB está alinhada aos compromissos da cidade com o enfrentamento da crise climática e o fortalecimento da bioeconomia como vetor de transformação regional.
O DIBB é um projeto de extensão da UFPA, financiado por Itaipu Parquetec e executado por meio da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). Sua proposta central é requalificar o Centro Histórico de Belém, convertendo-o em um território de inovação e empreendedorismo sustentável, com foco na economia criativa e nos saberes amazônicos.
“O primeiro objetivo é criar um espaço e mobilizar recursos para unir a ciência aplicada, produzida nas nossas instituições de pesquisa e universidades, aos problemas das cadeias produtivas da nossa biodiversidade. Em segundo lugar, queremos atrair investimentos para requalificar o Centro Histórico de Belém com empresas e empreendimentos que tenham a nossa sociodiversidade como base”, destaca Abelém.
O DIBB integra o convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém Rumo à COP30, firmado entre a UFPA (via FADESP), Prefeitura de Belém, ITAIPU Binacional e Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI-BR). O edital será divulgado nos canais oficiais da UFPA e do DIBB em junho.
Com informações do G1.