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08/05/2025 12h09 – Atualizado há 10 horas
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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
As frutas e hortaliças são fundamentais para a manutenção da saúde, pois fornecem vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que regulam o funcionamento do organismo, aumentam a longevidade e ajudam a prevenir doenças crônicas. Apesar disso, dados do Ministério da Saúde de 2023 revelam que Belém ocupa o último lugar no ranking nacional de ingestão regular desses alimentos. Apenas 18,1% da população adulta da capital paraense consome frutas e legumes de forma adequada.
Segundo a estudante de nutrição Ursula Marques, o baixo consumo está diretamente relacionado a questões econômicas e sociais. “Esses dois aspectos têm relação justamente porque as frutas e hortaliças têm um valor mais alto comparado a outros alimentos, alimentos industrializados, alimentos ultraprocessados. Então, muitas das vezes, dependendo da quantidade de pessoas que existem numa família, fica mais inacessível de consumir as frutas, as verduras, as hortaliças de forma mais frequente. E eles adaptam para alimentos industrializados, alimentos prontos, que são mais fáceis, são mais baratos de serem consumidos”, explica.
A dificuldade de acesso a alimentos frescos e saudáveis, agravada pela insegurança alimentar, contribui para o aumento de doenças cardiovasculares, infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Ursula reforça que frutas e hortaliças são fontes indispensáveis de micronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo humano. “São fontes de micronutrientes, de vitaminas e minerais. As vitaminas, as frutas, são essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo, nosso bem-estar, da onde a gente consegue adquirir vitaminas essenciais do complexo B, vitaminas do complexo A, idossolúveis, lipossolúveis, sulfeto de carboidrato que fornece energia de proteína para a regeneração muscular, entre outras.”
Estudos mostram que dietas ricas em frutas e vegetais reduzem significativamente o risco de morte prematura e oferecem proteção contra doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e problemas cardíacos. O cenário alarmante em Belém alerta para a urgência de políticas públicas que promovam o acesso a uma alimentação mais saudável, principalmente entre populações em situação de vulnerabilidade social.
Com informações da Agência Brasil.