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20/05/2025 15h54 – Atualizado há 1h
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Foto: Vinícius Braga
De 21 a 23 de maio, a capital paraense será palco de um importante evento nacional que colocará o Pará no centro do debate sobre justiça climática e proteção de povos originários. A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF) realiza, no auditório da Procuradoria da República no Pará, em Belém, o encontro “As Mudanças Climáticas e seus Impactos em Territórios Indígenas e Tradicionais”.
A programação reúne procuradores de todo o país, especialistas em meio ambiente, lideranças indígenas, representantes de comunidades tradicionais e da sociedade civil, em um esforço coletivo para aprofundar o entendimento sobre os efeitos das mudanças climáticas nos territórios mais vulneráveis e propor estratégias de atuação institucional coordenada.
Além dos painéis temáticos e palestras, os participantes também realizarão uma visita técnica às comunidades das Ilhas de Abaetetuba, no nordeste paraense, para vivenciar de perto os desafios enfrentados por esses povos diante do avanço da crise climática.
A mesa de abertura, marcada para o dia 21, às 14h, contará com a presença do vice-procurador-geral da República e será aberta à imprensa. O painel inaugural, intitulado “As mudanças climáticas e os povos indígenas e comunidades tradicionais”, também terá acesso liberado à mídia. Já os demais debates serão reservados aos participantes inscritos no evento.
O encontro é parte das ações preparatórias do MPF para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, também em Belém, e reforça o protagonismo do estado do Pará nos debates sobre clima, biodiversidade e povos da floresta.
Entre os destaques da programação estão as falas de André Guimarães, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam); Marina Hirota, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Kleber Karipuna, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib); e Edel Moraes, da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O segundo dia do evento trará à tona discussões sobre sobreposição de terras, desafios do crédito de carbono, impactos socioambientais das energias renováveis e fósseis, e articulação institucional em contextos de crise hídrica e degradação ambiental. Casos práticos de atuação do MPF nesses cenários também serão apresentados.
O evento reforça a importância de colocar os saberes indígenas e tradicionais no centro das soluções para a crise climática, em especial no Pará, estado que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta e será sede da COP30.
Com informações do MPF.