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21/05/2025 12h10 – Atualizado há 9 horas
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Foto: Taymã Carneiro / g1
A Aldeia Cabana Davi Miguel, em Belém, será palco de uma grande celebração da cultura paraense nesta sexta-feira (23) e sábado (24), durante a primeira edição do festival “Sons que vêm do Pará”. Gratuito e com forte apelo popular, o evento une música, dança e tradição em um espetáculo que destaca o talento artístico do estado. A entrada será solidária: 1 kg de alimento não-perecível.
A iniciativa presta homenagem ao multi-instrumentista Manoel Cordeiro, um dos maiores nomes da guitarrada amazônica, que comemora 70 anos de vida e 60 de carreira. Com mais de mil discos no currículo, Manoel é símbolo da música feita na Amazônia e destaca: “Estou com essa empreitada de manifestar a cultura popular brasileira feita na Amazônia, e essa homenagem me fortalece, me deixa ainda mais motivado na direção de afirmarmos o protagonismo da nossa própria história”.
O festival também marca os 25 anos do tecnobrega, com a gravação de um DVD ao vivo do cantor Rhenan Sanches, que comanda o palco ao lado de grandes nomes da música paraense. “É como conquistar o troféu, e em casa, junto do público paraense que curte o nosso som. Além disso, poder mostrar tudo isso ao mundo é um presente de Deus”, afirma o artista, conhecido pelo sucesso “Tentativas em Vão”.
Na dança, o destaque vai para o concurso com R$ 18 mil em prêmios, comandado pelo coreógrafo e bailarino Rolon Ho, vencedor da Dança dos Famosos 2023 ao lado da atriz Priscila Fantin. Rolon liderou a curadoria de quase 100 inscrições e celebra o potencial do evento: “Será um momento para contemplar a música e a dança do estado do Pará. É um festival que precisava existir na nossa cidade para mostrar que tem muita coisa boa aqui”.
A competição se divide em três categorias — brega, carimbó e merengue — e contará com cerca de 50 dançarinos na semifinal, realizada na sexta-feira (23). No mesmo dia, o público também poderá curtir apresentações de DJs, da Banda Xeiro Verde e de Suanny Batidão. No sábado (24), os finalistas voltam ao palco para disputar o prêmio principal, seguidos pela gravação do DVD de Rhenan Sanches e o encerramento com o grupo Vingadores do Brega.
Segundo a diretora executiva e artística Tayana dos Santos, a ideia é que o festival seja replicado em outras cidades e estados do Brasil: “Esse é só o projeto piloto. Queremos mostrar, de um lado, os grandes nomes da nossa cultura paraense, e de outro, uma nova leva de artistas que levam sua arte para mostrar o que é feito no Pará.”
O “Sons que vêm do Pará” inaugura uma nova vitrine para a cultura popular da região, unindo tradição, inovação e talentos que representam o espírito vibrante da Amazônia paraense.
Com informações do G1.