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22/02/2025 13h44 – Atualizado há 3 horas
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Foto: Thiago Gomes / O Liberal
A Prefeitura de Belém confirmou a prorrogação do funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (20), mas os detalhes do novo acordo judicial serão divulgados nos próximos dias.
De acordo com a Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana, reuniões semanais estão sendo realizadas junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade para acompanhar o licenciamento de novos aterros sanitários que atenderão Belém e a Região Metropolitana. “A questão do recolhimento do lixo é um problema da região metropolitana e a Prefeitura de Belém segue dialogando com as demais prefeituras para encontrar uma solução rápida”, informou a gestão municipal em nota.
Atualmente, a empresa Guamá Tratamento de Resíduos é responsável pelo aterro e continuará operando até 28 de fevereiro, conforme decisão judicial de 2024. Um novo acordo poderá estender esse prazo.
O Aterro de Marituba recebe aproximadamente 480 mil toneladas de resíduos por ano, o que equivale a cerca de 40 mil toneladas por mês e 1.300 por dia. Ele entrou em operação em 2015, após o fechamento do Lixão do Aurá, e já teve seu funcionamento prorrogado quatro vezes: em 2019, 2021, 2023 e agora em 2024.
Novo Centro de Tratamento de Resíduos
Está em andamento o licenciamento ambiental para um novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Belém. A empresa Ciclus Amazônia, responsável pela gestão de resíduos da cidade, informou que o projeto conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. “O novo centro terá capacidade para processar mais de 2.500 toneladas diárias de lixo, podendo chegar a 4.000 toneladas”, destacou a Ciclus.
Com a implantação do sistema de gestão integrada, os resíduos coletados serão transportados por caminhões compactadores para Estações de Transferência de Resíduos (ETRs), antes de serem enviados ao CTR. O aterro contará com um solo protegido por camadas especiais para minimizar impactos ambientais.
Além disso, o projeto prevê a geração de energia elétrica a partir do lixo, produção de biometano e extração de biogás, que poderá ser usado como combustível alternativo ao GNV. A iniciativa pretende replicar em Belém a experiência bem-sucedida da Ciclus Rio, que opera um aterro sanitário bioenergético e cinco estações de transferência no Rio de Janeiro.