O Brasil está avançando rapidamente para se tornar o maior produtor global de carne bovina. De acordo com a estimativa da consultoria Athenagro, o país deve alcançar 14 milhões de toneladas anuais até 2035, ultrapassando os Estados Unidos e consolidando sua posição de liderança no mercado mundial de proteínas vermelhas.
Este progresso não ocorre ao acaso. Está intrinsecamente ligado à profissionalização do produtor de gado brasileiro, que atualmente dá prioridade à eficiência, precocidade, nutrição estratégica e genética de alta qualidade. Segundo Maurício Palma Nogueira, engenheiro agrônomo e coordenador do Rally da Pecuária e um dos fundadores da Athenagro, a produção está cada vez mais técnica e focada na produção de carne de alta qualidade.
A indústria dessa área está fazendo grandes investimentos, principalmente em suplementação mineral, crucial para uma engorda eficaz e para o rendimento reprodutivo dos animais. Informações da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram) indicam que foram vendidas 535 mil toneladas de suplementos no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 4,75% em relação ao mesmo período de 2024.
A nutrição animal é vista como essencial para duplicar os investimentos nas fazendas do Brasil, aprimorando os índices zootécnicos e assegurando animais aptos para o abate em um período mais curto. A Datagro também prevê que, já em 2027, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos. A expansão da produção, combinada com a demanda global por proteína animal e a capacidade de exportação, estabelece um cenário propício para o produtor brasileiro.
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
