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02/06/2025 20h29 – Atualizado há 19 horas
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Foto: Jader Paes
Duas novas moradoras aladas se somam ao rico ecossistema do Bosque Rodrigues Alves – Jardim Zoobotânico da Amazônia, em Belém. Uma arara-canindé (Ara ararauna) e uma arara-macau (Ara macao), resgatadas no município de Terra Alta, no nordeste do Pará, agora vivem sob os cuidados da equipe técnica do bosque, em um ambiente seguro, monitorado e com estrutura voltada ao bem-estar da fauna amazônica.
As aves chegaram ao Bosque em março deste ano após serem encaminhadas pelo Batalhão de Polícia Ambiental. Desde então, passaram por uma rotina criteriosa de exames e acompanhamento veterinário, como parte do processo de adaptação. “Primeiramente, esses animais passaram por um período de adaptação; todos os exames foram feitos, de sangue e fezes, para ver se não tinham parasitas ou se estavam com algum tipo de alteração na saúde”, explica o biólogo Tavison Guimarães, que acompanha de perto a rotina dos animais.
Segundo o especialista, a introdução ao espaço aberto do bosque começou de forma gradual em abril, sempre respeitando os limites e o comportamento das araras. “Colocávamos elas pela manhã no parque e no fim do dia recolhíamos para o recinto. Durante duas semanas monitoramos esse comportamento até deixá-las à vontade inclusive durante a noite”, relata. O resultado foi considerado positivo. “Elas não tentaram fuga, não apresentaram estresse ou mutilações. Estão bem adaptadas e seguem recebendo suporte de biólogos e veterinários”, afirma Tavison.
As araras agora fazem parte do grupo de aproximadamente 230 animais cativos do Bosque Rodrigues Alves. A maioria é composta por quelônios, como 35 jabutis e 180 cágados, mas o espaço abriga ainda mamíferos, aves e répteis, compondo um cenário vivo da biodiversidade amazônica.
Com 15 hectares de área total e mais de 80% de vegetação nativa preservada, o Bosque Rodrigues Alves é administrado pela Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semmac). O local é um dos mais importantes espaços verdes da cidade e símbolo de educação ambiental e lazer para os moradores da capital e visitantes. Localizado na movimentada avenida Almirante Barroso, o bosque oferece a rara oportunidade de vivenciar a floresta amazônica sem sair do perímetro urbano.
Mais de 10 mil árvores, distribuídas entre 300 espécies diferentes, formam um ecossistema singular no meio da cidade. Os caminhos que cortam o espaço, destinados à circulação dos visitantes, correspondem a apenas 20% do total da área, reforçando o compromisso com a preservação ambiental. Em média, 20 mil pessoas visitam o Bosque por mês — um reflexo do interesse crescente pela conexão com a natureza e pela valorização da fauna e flora amazônicas.
Com informações da Agência Belém.