Organização da Festa de Nazaré promete reforçar controle e aperfeiçoar fabricação da corda após tumultos e atrasos na procissão
14/10/2025 15h58 – Atualizado há 3 horas
Tarso Sarraf
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O rompimento da corda do Círio 2025, na Avenida Presidente Vargas, acendeu o alerta para a organização da maior procissão católica do Brasil. Em meio ao tumulto e aos atrasos, a Diretoria da Festa de Nazaré anunciou que vai reforçar a segurança e aperfeiçoar a fabricação da corda, que desde 2023 é feita no Pará com fibras de malva amazônica.
De acordo com o diretor-coordenador, Antônio Souza, o controle total é inviável devido à dimensão da festa, mas o objetivo é reduzir riscos e garantir mais resistência ao material, sem perder o simbolismo da tradição paraense.
O episódio também reacendeu o debate sobre a presença de pessoas que cortam a corda para revenda, atitude que prejudica promesseiros. Apesar dos incidentes, o diretor reforça que “o Círio é muito maior do que isso”, destacando a fé de milhões de devotos que acompanham a berlinda da Santa pelas ruas de Belém.
O rompimento da corda do Círio de Nazaré 2025, ocorrido durante a passagem da procissão pela Avenida Presidente Vargas, em Belém, levou a organização da festa a anunciar medidas de reforço na segurança e aperfeiçoamentos na fabricação do símbolo para as próximas edições.
Segundo Antônio Souza, diretor-coordenador da Festa de Nazaré, o incidente, que causou tumulto e atrasos, é lamentável, mas não ofusca a grandiosidade da devoção. “O Círio é muito maior do que isso. A fé do povo é o que mantém viva essa tradição”, afirmou.
O rompimento da corda — um dos maiores símbolos de fé dos promesseiros — ocorreu no momento em que a berlinda com a imagem de Nossa Senhora se aproximava da Avenida Nazaré. O corte provocou correria e ferimentos leves em fiéis. A diretoria reforçou o trabalho da Guarda de Nazaré e da Polícia Militar, mas reconheceu que o controle total é “quase impossível” em um evento com milhões de pessoas.
Souza criticou o uso indevido de instrumentos cortantes por pessoas que tentam comercializar pedaços da corda, afirmando que esses atos prejudicam quem participa por devoção. Ele explicou ainda que aumento do número de estações não é uma solução, já que poderia causar mais tensão na estrutura.
A prioridade, segundo o diretor, é manter a produção da corda no Pará, valorizando o trabalho local. Desde 2023, ela é feita com fibras de malva amazônica, substituindo o sisal produzido em Santa Catarina. “Nosso compromisso é aperfeiçoar o material sem perder o caráter regional da fabricação”, disse.
O Círio 2025 reuniu cerca de 2,5 milhões de romeiros, que acompanharam o trajeto de 3,6 km entre a Catedral da Sé e a Praça Santuário. A programação segue até o Recírio, em 27 de outubro, encerrando o mês da fé e da devoção mariana no Pará.
FONTE: G1